Desde que os processadores com mais de um núcleo começaram a surgir nos desktops em 2005, essa dúvida vem permeando a mente dos consumidores, principalmente com a explosão de lançamentos que ocorreu nos últimos anos. O senso comum diz que, quanto mais núcleos, melhor. O problema é que isso nem sempre é verdade.
A teoria diz que mais núcleos podem quebrar o processo em partes menores, sendo que cada um dos cores fica responsável por resolver apenas parte do processamento. Com isso, o consumo de energia, em teoria, também é menor, já que a CPU precisa fazer menos esforço para realizar aquela atividade específica.
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Núcleos ociosos não adiantam nada
Vamos começar com um pouco de teoria e um exemplo simples. Para que você realize uma tarefa no computador, você acessa um software. Para que ele faça o que você precisa, é necessário que ele envie os comandos para o processador, que é quem vai executar as tarefas, uma por vez. Portanto, quem decide como a CPU vai trabalhar é o software em execução no momento.
Esse software é como se fosse o gerente de uma fábrica; o processador seria a linha de produção; os operários seriam equivalentes aos núcleos do processador.
O primeiro operário (núcleo 1) recebeu uma tarefa de seu gerente (software). Prontamente, ele atendeu a ordem e conseguiu concluir o processo.
Agora imagine que existem dois funcionários trabalhando nessa mesma linha: isso seria o equivalente a um processador dual-core. Caso o gerente mande uma tarefa apenas para o primeiro operário, o segundo fica sem ter o que fazer. Ele fica apenas sentado e tomando cafezinho enquanto o primeiro se arrebenta de trabalhar por conta.
Existe uma vantagem real em ter um processador com vários núcleos?
Como já foi dito anteriormente, em teoria, quanto mais núcleos, melhor. Mas para sustentar essa afirmação é preciso que todo o ecossistema seja preparado para isso. O número de aplicativos que suporta vários núcleos aumenta a cada dia, portanto, é provável que em pouco tempo a diferença de se ter vários cores em um processador seja um diferencial muito maior do que é hoje.
Mesmo que os sistemas operacionais modernos, como o Windows 7, gerenciem o sistema com muito mais eficiência distribuindo a força de processamento entre todos os núcleos, dificilmente isso vai ser tão eficiente quanto um software que pode trabalhar nativamente com múltiplos cores.