É possível comparar o hardware de um computador com o de um console?
Estamos em uma época conturbada no mundo dos games. Esse período de
transição entre gerações sempre traz muitas dúvidas quanto ao futuro dos
jogos, dos consoles, dos desenvolvedores e tudo mais o que envolve a
nossa diversão preferida. Com a chegada de novos projetos no mercado,
como foi o recente anúncio do PlayStation 4, essa especulação toda só
tende a aumentar.
Mas pouco antes da divulgação oficial feita pela Sony, inúmeros
vazamentos de informações e ditas “especificações técnicas” tanto do
PlayStation 4 quanto do Novo Xbox pipocaram pela internet. Quanto ao
novo console da Sony, a maioria das informações acabou se confirmando, o
que prova que os rumores nem sempre são infundados.
Como comparar sistemas diferentes?
O problema começa a tomar forma quando surgem comparações de
especificações técnicas entre sistemas diferentes: esse tem mais
memória, aquele tem o mesmo chip gráfico que a placa de vídeo de última
geração, o outro usa o mesmo processador que o meu computador.
Isso acaba levando muitos a tirarem conclusões precipitadas — e
erradas — sobre qual sistema é melhor (ou não). Isso pode ser explicado
por um simples fato: comparar dados técnicos de hardware de sistemas
diferentes não faz o mínimo sentido, mesmo que o processador encontrado
em um PlayStation 4 seja o mesmo AMD Fusion de oito núcleos montado em
um desktop de mesa.
O motivo desse equívoco é simples: um console é uma arquitetura
fechada. O processador, o chip gráfico, a memória, a placa-mãe e
absolutamente todos os componentes que integram o sistema se “conhecem” e
foram desenvolvidos para trabalhar em conjunto, algo que não acontece
em um PC.
Mesmo que o hardware seja absolutamente o mesmo tanto na Sony quanto
na Microsoft, teríamos máquinas diferentes, já que os engenheiros de
cada uma das empresas trabalhariam de forma distinta com os
equipamentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário