terça-feira, 18 de junho de 2013

‘Nuvem’ tem vantagem na correção de falhas de segurança

Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quintas-feiras.

Uma das discussões que mais divide opiniões em segurança de sistemas é a forma pela qual uma falha deve ser divulgada. Há quem diga que isso deva ocorrer imediatamente, sem que os programadores do software sejam avisados antes – a chamada “revelação total” (“full disclosure”, em inglês); há quem diga que nenhuma informação deve ser divulgada antes de uma correção estar disponível. O Google tem uma postura em relação a isso: 60 dias para uma falha qualquer, e apenas 7 dias para uma brecha que está “sendo explorada”.
Com essa postura, o Google toca no calcanhar de Aquiles dos produtos tradicionais: a demora na disponibilização e aplicação de correções de segurança.
Os dois prazos são um tanto apertados, mas o de 60 dias é mais flexível, sendo apenas uma “recomendação”. Quanto aos que estiver “sob ataque”, este parece não ser negociável – a empresa responsável pelo software vulnerável deve divulgar um alerta, aviso ou outra forma de orientação em até sete dias. Caso não o faça, o Google pretende divulgar a informação do ataque.
O que é uma brecha “sob ataque”? Existem dois tipos de ataque: um deles é focalizado, específico; outro é massivo, buscando atingir o maior número de vítimas possível. Lidar com esse primeiro tipo de ataque é mais complicado, porque se trata de uma vulnerabilidade que apenas um pequeno grupo de invasores conhece. Liberar detalhes técnicos nesse caso pode não ser benéfico. O Google deverá considerar isso no futuro.
Apesar das recomendações do Google, um pesquisador da empresa, Tavis Ormandy, publicou um código para explorar uma brecha no Windows que permite a qualquer usuário obter o controle total do sistema. Isso permite que um vírus executado a partir de um usuário limitado ganhe acesso administrativo sem precisar da permissão do “Controle de Contas de Usuário”.
Ormandy não fez a publicação da falha em nome do Google, mas como pesquisador independente. Em outra ocasião, em que fez a mesma coisa, ele afirmou que as ações dele não tem relação com o Google. Para a Microsoft, as ações do pesquisador deveriam refletir os valores da empresa.

Ver mais em http://g1.globo.com/platb/seguranca-digital

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